O esforço de compreensão que está na origem deste texto representa a tentativade estabelecer uma relação - que não esgota, naturalmente, as possibilidades nesse campo - entre ética, política e televisão. O homem e a mulher "ordinários' provenientes dos chamados setores populares, de cujo cotidiano é praticamente impossível abstrair a televisão como fonte informativa e de lazer, foram os interlocutores. Eles constituem a maioria da população, dos pretensos cidadãos e dos eleitores brasileiros, mesmo nas capitais. Junto a esses homens e mulheres, considerados como sínteses individualizadas e ativas da sociedade, como lugares da reapropriação singular do universo social e histórico que Ihes concerne, buscou-se identificar, além das representações da política, os valores que aela se relacionam, umavez que o apelo ético supõe, da parte dos que o utilizam, importância decisiva da veloração como elemento de constituição das motivações para a ação.
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