Este trabalho procura refletir sobre o papel da imprensa na formação da opinião pública, no Brasil e no Ceará, num momento crucial da modernização burguesa entre nós: a segunda metade do século passado, quando a estrutura religiosa da organização social está sendo sacudida por toda a onda de valores que cercam a edificação do individualismo humanista, e os jornais se fortalecem, Junto com os livros, como agentes da autonomização moral da sociedade e de formação do povo como novo sujeito político. Esse novo ideário, que confere destaque à Democracia, Igualdade e Soberania Popular, recebe a adesão da opinião pública, que já nasce no Brasil como opinião publicada O jornal concorre agora, com o púlpito e o parlamento, para ser o locus de elaboração do discurso competente. O presente artigo tentará argumentar no sentido de que a modernidade, e a entrada do povo na cena política, no Brasil, como em outros países, guardam afinidades profundas com a imprensa.
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