, Encontro de polacos com Portugal à sombra da Segunda Guerra Mundial

• Justyna Haftka ^[1]
  1. [1] Universidade Jaguelónica de Cracóvia
• Localización: Anuario Histórico Ibérico. Anuário Histórico Ibérico, ISSN-e 2956-414X, ISSN 2720-5894, Nº. 1, 2022, págs. 249-262
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Meeting of Poles with Portugal in the shadow of World War II
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• Resumen
  • English

    The present essay is devoted to Portugal’s sudden encounter with thousands of Poles during World War II, analyzed in a brief overview of the relations between both countries during the interwar period. In 1939–1945, Portugal was officially a neutral country, and the paths of many temporary refugees crossed there under various circumstances. Due to its loca- tion, Lisbon became their asylum and transit point, mainly on the way to the United States of America, Great Britain and Brazil. Among them were people who left Poland (occupied by the Third Reich and by the Soviet Union): civilian refugees, escaping from repressions and who wanted to cross the Atlantic Ocean, members of the military, diplomats, emissaries and representatives of the underground resistance movement, whose aim was to join Pol- ish and Allied organizations in exile. For some of them, it was their first direct contact with Portugal and, also, for many Portuguese, it was their first contact with Poles

  • português

    O presente trabalho versa sobre o encontro inesperado de milhares de polacos com Portugal, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, analisado num breve panorama das relações entre ambos os países durante o período entre guerras. Nos anos 1939-1945, em Portugal, país oficialmente neutro, cruzaram-se em diversas circunstâncias os caminhos de pessoas que chegaram ali na qualidade de refugiados temporais. Por causa da localização, Lisboa tornou-se para muitos um porto de abrigo no percurso, nomeadamente para os Estados Unidos da América, Grã-Bretanha e o Brasil. Entre eles encontravam-se pessoas provenientes da Polónia, ocupada por um lado pelo Terceiro Reich e por outro pela União Soviética. Nesse grupo estavam refugiados civis, que fugiam às repressões e queriam atravessar o Oceano Atlântico, militares, diplomatas, emissários e representantes do movimento de resistência, que pretendiam unir-se às organizações polacas e aliadas no exílio. Para alguns deles foi o primeiro contacto direto com Portugal e também para muitos portugueses foi o primeiro contacto com os polacos.