In the second half of the 19th century, low agricultural productivity, along with the gradual implementation of the liberal institutional architecture and changes in the world exchange system, favoured the resurgence of an extensive debate on rural properties in Portugal. In the wake of the first discussions that took place following the implantation of the liberal regime in 1820, this dispute focused on the conditions underlying the formation of agricultural property, the nature of the forms of exploration, in particular the prevailing bonds, without forgetting the uses of the soils and its modernization. This article makes a contextualized analysis of the different political perspectives expressed by the Portuguese, monarchist and anti-monarchist parties on this issue. Special emphasis is given to the impact of Fermín Caballero’s thinking on the foundations developed by the Portuguese landowners
Na segunda metade do séc. XIX, a escassa produtividade agrícola, a par da imple- mentação gradual da arquitectura institucional liberal e as mudanças no âmbito do sistema de trocas mundial propiciavam o recrudescimento de um extenso debate sobre a propriedade rústica em Portugal. Na esteira das primeiras discussões ocorridas na sequência da implanta- ção do regime liberal, ocorrida em 1820, esta querela incidiu sobre as condições subjacentes à formação da propriedade agrícola, à natureza das formas de exploração, em particular dos vínculos prevalecentes, sem esquecer os usos dos solos e respectiva modernização. O presente artigo procede à análise contextualizada das diferentes perspectivas políticas expressas pelos partidos portugueses, monárquicos e anti-monárquicos sobre esta temática. Atribui-se ênfase especial ao impacto do pensamento de Fermín Caballero na fundamentação desenvolvida pelos grandes proprietários rurais portugueses.
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