Brasil
If we assume that synesthesias does not necessarily imply a priori data to texts, we understand that the perception they simulate is a perception whose starting point is, in fact, strategically textualized discursive operations. The point is to define which mechanisms or procedures in the text guarantee this compatibility when, in the song, lyrics and melody project diferent sensations. This article aims to contribute to the discussion of the impact of synesthetic effects on the emergence of meaning, focusing on the study of a song. The analysis, based on the perspective of French semiotics, allows us to assume that understanding the ways in which lyrics and melody intersect each other reveal the intrinsic process through which the enunciator-enunciatee relationship is at the heart of the relationship between the thematic and figurative dimension of the lyrics and its tensive projection on the melody. We conclude that these relationships is called in function of the make-feel that the reading of the text proposes, so that the song is presented as an experience to be felt by the diferent sensations.
Se se parte do princípio de que as sinestesias não implicam necessariamente um dado a priori aos textos, compreende-se que a percepção que elas simulam é uma percepção cujo ponto de partida são, de fato, operações discursivas estrategicamente textualizadas. A questão é definir quais os mecanismos ou os procedimentos acionados no texto que garantem essa compatibilização quando, na canção, letra e melodia projetam misturas de sensações. Este artigo tem como objetivo contribuir com a discussão sobre o impacto dos efeitos sinestésicos na emergência da significação, tendo como foco o estudo de uma canção. A análise, baseada na perspectiva da semiótica francesa, nos permite partir do princípio de que a compreensão dos modos como letra e melodia se entrecruzam revela o intrínseco processo por meio do qual a relação enunciador-enunciatário está no cerne da própria relação entre a dimensão temático-figurativa da letra e sua projeção tensiva na melodia. Concluímos que todo esse jogo relacional é convocado em função do fazer-sentir que a leitura do texto propõe, de modo que a canção seja apresentada como uma experiência a ser sentida, vivenciada pela mistura de sensações.
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