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Resumen de A cegueira como metáfora do estranhamento social capitalista: um diálogo entre Karl Marx e José Saramago

Vinícius dos Santos

  • português

    O artigo visa retratar como o romance Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, pode ilustrar de modo significativo a crítica de Marx à sociabilidade específica do capitalismo, bem como a seu correspondente procedimento de formação de subjetividades, condensada no conceito de alienação ou estranhamento (Entfremdung). Em linhas gerais, a partir de uma análise sobre a pertinência da aproximação da narrativa fantástica de Saramago com o realismo estético advogado por Marx, o propósito é avançar em como aquele romance capta literariamente o sentido de alguns traços basilares do conceito marxiano de estranhamento. Particularmente, como este fenômeno sócio-histórico, tal como a cegueira em Saramago, representa um processo de desumanização, de violento embrutecimento dos sentidos e de niilismo existencial, decorrentes imperativo de luta pela sobrevivência imposto aos indivíduos sob a égide do capital. Se essa hipótese é válida, a doença que mobiliza o romance poderia ser apreendida como uma metáfora artística fantástica de uma sociedade inteiramente dominada por uma potência autônoma irrefreável–o binômio capital/mercado, tal como denunciado por Marx.

  • English

    The article aims to portray how José Saramago's novel Essay on blindness can significantly illustrate Marx's critique of the specific sociability of capitalism, as well as its corresponding procedure for the formation of subjectivities, condensed in the concept of alienation or estrangement (Entfremdung). In general, from an analysis about the relevance of the approximation of Saramago's fantastic narrative with the aesthetic realism advocated by Marx, the purpose is to advance in how that novel literarily captures the meaning of some basic features of the Marxian concept of estrangement. Particularly, how this socio-historical phenomenon, such as blindness in Saramago, represents a process of dehumanization, of violent obtuseness of the senses and existential nihilism, resulting from the imperative of struggle for survival imposed on individuals under the aegis of capital. If this hypothesis is valid, the disease that mobilizes the novel could be apprehended as a fantastic artistic metaphor for a society entirely dominated by an irrepressible autonomous power - the capital / market binomial, as denounced by Marx.


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