Susana Gonçalves, Cristina Arazola Ruano
O processo de Bolonha reforçou a ideia de aprendizagem autónoma e ensino centradono estudante. Em simultâneo reforçou atividades funcionais dos docentes do ensinosuperior, criando espaço para funções paralelas ao ensino, em especial a produção derecursos pedagógico, a investigação em pedagogia, a mentoria entre pares e a tutoria. Todasestas funções são reforçadas nos modelos de ensino a distância e ensino híbrido que, coma crise pandémica se acentuaram e abriram terreno a uma alteração dos modelostradicionais de ensino e aprendizagem.Que perfis pedagógicos deverão possuir os docentes para fazer face às necessidadesde orientação académica, vocacional e pessoal identificadas pelos estudantes? Que tipo depreparação é exigida aos docentes para o exercício da tutoria? Que dimensões são maisrelevantes na tutoria no ensino superior: a vocacional, orientada para o mercadoprofissional, a académica, orientada para o currículo e aprendizagem científica ou ainterpessoal, orientada para o apoio psicológico? Como se conjugam estas diferentesdimensões? Como poderão os docentes desenvolver um perfil adequado de tutor, enquantoagentes de mudança, e as qualidades requeridas para efetuarem a tutoria de forma eficaz?Por fim, como deve ser alterada a cultura institucional de forma a acolher estes novos perfisfuncionais dos docentes?Na presente comunicação abordamos estas questões e identificamos asnecessidades de orientação dos docentes para o exercício destas novas funções, tendo emconta as mudanças que assistimos na sociedade e no ensino superior, os novos perfis deestudantes e os modelos emergentes de ensino superior. A comunicação conta os estudosdesenvolvidos no âmbito do projeto TIMONEL (Sistema de recomendación y orientación paraalumnado, profesorado y egresados universitários), desenvolvidos em Espanha, Portugal eReino Unido.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados