Nislândia Santos Evangelista, Rita de Cassia Marchi
The sociology of childhood (SC), a discipline that emerged in the late 1980s on the European theoretical scene, conceives the child as a social actor and childhood as a social construction. With this perspective, it goes against traditional theories of socialization, especially driven by developmental psychology, which conceive child development as individual, linear, natural and universal. William Corsaro, a sociologist of childhood, proposes the concept of “interpretative reproduction” as a substitute for socialization, as well as the round model of child development, with an emphasis on children’s social actions. The SC, in this sense, proposes a new paradigm for the social studies of childhood, with concepts, methods and ethical concepts for conducting research with children. This article aims to discuss the concept of interpretative reproduction, presenting the trajectory of its development and its criticisms of the traditional concept of socialization. Furthermore, it briefly discusses the importance and criticism that this concept and that of the social actor receive due to the way they have been used in research in the field of education.
A sociologia da infância (SI), disciplina surgida no final da década de 1980 na cena teórica europeia, concebe a criança como ator social e a infância como construção social. Com esta perspectiva, ela vai na contramão das teorias tradicionais da socialização, sobretudo impulsionadas pela psicologia do desenvolvimento, que concebem o desenvolvimento infantil como individual, linear, natural e universal. William Corsaro, sociólogo da infância, propõe o conceito de “reprodução interpretativa” como substitutivo ao de socialização, assim como o modelo redondo de desenvolvimento infantil, com ênfase nas ações sociais das crianças. A SI, nesse sentido, propõe um novo paradigma para os estudos sociais da infância, com conceitos, métodos e concepções éticas para a realização de pesquisas com crianças. Este artigo tem como objetivo discutir o conceito de reprodução interpretativa, apresentando a trajetória de seu desenvolvimento e suas críticas ao conceito tradicional de socialização. Além disso, discute-se brevemente a importância e as críticas que esse conceito e o de ator social recebem pelo modo como têm sido utilizados em pesquisas na área da educação.
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