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Um ensaio sobre o niilismo em Nietzsche: falta do sentido histórico, necessidade e superação e recepção

  • Autores: José Nicolao Juliao
  • Localización: Revista de filosofía Aurora, ISSN-e 2965-1565, ISSN 2965-1557, Vol. 34, Nº. 62, 2022 (Ejemplar dedicado a: Nietzsche), págs. 278-299
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • An essay on nihilism in Nietzsche: lack of historical sense, necessity and overcoming and reception
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Este artigo faz parte de um estudo mais amplo acerca das considerações de Nietzsche sobre a história, noqual examinamos a questão do sentido histórico levando em conta a sua relação com o niilismo e a genealogia. No que concerne à relação entre niilismo e sentido histórico, investigamos as considerações de Nietzsche acerca da história, tendo como base os seus escritos nos quais a crítica à cultura é narrada a partir da falta de sentido histórico e de seu estado niilista,que nos possibilitam esclarecer as ideias com as quais o filósofo,por um lado, desde os textos de juventude,solapa radicalmente o historicismo, sobretudo suas noções de progresso (Fortschritt), finalidade (Zweck) e excesso de apego ao passado, e,por outro lado, elabora uma narrativa da história, sem essas noções, a partir do conceito filosófico de niilismo —que aparece a partir 1881 em sua obra. O tema oculto desses escritos é a historicidade do homem ou,melhor,a constatação de que há um estado de degenerescência da humanidade, revelado em seu processo histórico que compromete substancialmente a destinação humana. Contudo, a ideia de niilismo em Nietzsche vai além do domínio histórico, é também pensada sob a égide de outras esferas, como a da psicologia e a da fisiologia,que só seráabordada, em nossa análise, indiretamente, subordinada ao tema da história. Por ora, pretendemos apenas analisar como Nietzsche, em posse do conceito de niilismo, estabelece uma noção mais amplae mais bem elaborada da sua narrativa crítica sobre a história, lançando luz naquilo que ele compreende, desde as obras intermediárias, como sendo uma “filosofia histórica”,que foca a sua investida nos valores mais fundamentais a partir dos quais a história humana foi conduzida, ensaiando também uma saída ou uma superação do estado de degenerescência que esta narrativa parece apontar. Retomamos, deste modo, ainda, a uma velha polêmica, talvez datada, acerca do tema da superação ou não do niilismo em certa recepção da filosofia de Nietzsche, defendemos de forma ressignificada a compreensão da superação e a sua relação orgânica com o niilismo.

    • English

      With this article is part of a broader study of Nietzsche's considerations on history, in which we examine the question of historical meaning, taking into account its relationship with nihilism and genealogy. Regarding the relationship between nihilism and historical sense, we investigate Nietzsche's considerations about history, based on his writings in which the criticism of culture is narrated from the lack of historical sense and its nihilistic state that allow us to clarify the ideas with which the philosopher: on the one hand -from the texts of his youth -radically undermines historicism, above all, its notions of progress (Fortschritt), finality (Zweck) and excessive attachment to the past; and on the other hand, he elaborates a narrative of history, without these notions, from the philosophical concept of nihilism -which appears from 1881 onwards in his work. The hidden theme of these writings is the historicity of man, or rather, the realization that there is a state of degeneration of humanity, revealed in its historical process that substantially compromises human destiny. However, the idea of nihilism in Nietzsche goes beyond the historical domain, it is also thought under the aegis of other spheres, such as psychology and physiology that will only be addressed, in our analysis, indirectly, subordinated to the theme of history. For now, we only intend to analyze how Nietzsche, in possession of the concept of nihilism, establishes a broader and better elaborated notion of his critical narrative about history, shedding light on what he understands, from the intermediate works, as being a “historical philosophy” that focuses its assault on the most fundamental values from which human history was conducted, also rehearsing a way out or overcoming the state of degeneration that this narrative seems to point to. In this way, we still return to an old polemic, perhaps dated, about the theme of overcoming or not nihilism in a certain reception of the Nietzsche's philosophy, we defend a new understanding of overcoming and its organic relationship with nihilism.


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