La invención de las competencias personales: recursos y efectos persuasivos de un dispositivo distintivo de la política educativa italiana contemporánea

• Daniel Boccacci ^[1]
  1. [1] Universidad de Granada

     Universidad de Granada

     Granada, España

     
• Localización: Archivos Analíticos de Políticas Educativas=Education Policy Analysis Archives, ISSN-e 1068-2341, Vol. 30, Nº. 1, 2022
• Idioma: español
• Títulos paralelos:
  • A invenção de competências pessoais: recursos e efeitos persuasivos de um dispositivo distinto da política educacional italiana contemporânea
  • The invention of personal skills: resources and persuasive effects of a distinctive mechanism of contemporary Italian educational policy
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• Resumen
  • español

    Este trabajo analiza y profundiza el concepto de “competencias personales” relacionada con la propuesta de las Indicazioni Nazionali (Indicaciones) de 2004, documento fundamental en el complejo argumentario normativo de política educativa italiana contemporánea que define el cuadro curricular de la escuela obligatoria italiana. Dentro del marco teórico desarrollado por T.S. Popkewitz, el análisis destaca el recurso usado por los actores que lo han generado sustentado en la teoría católica de la persona “integral”. Esta teoría se usa conscientemente para armonizar las expectativas sociales sobre la competitividad individual y nacional con el realce que le acompaña del carácter sagrado de la persona. La profundización de este constructo de simbiosis permite destacarlo como dispositivo estratégico dentro un ecosistema de acciones discursivas legitimadas por la Iglesia y ligado al sueño salvífico-empresarial del que fuera primer ministro de la república italiana Silvio Berlusconi, relacionado a su vez con la política económica de las últimas décadas, con la reforma curricular de la ministra Moratti (2004), junto a las últimas propuestas curriculares (2007 y 2012) por parte de gobiernos de color opuestos. Finalmente, a un nivel sociológico más general, el análisis que aportamos manifiesta el uso político educativo de una nueva subjetividad neo-empresarial en la que no sólo satura cualidades utilitaristas. Concluimos sosteniendo que el análisis de todas estas aplicaciones, al mismo tiempo que destaca la fuerza persuasiva del constructo analizado, olvida estratégicamente la complejidad social y cívica para abrir el problema de los posibles efectos de conservadurismo antidemocrático y de enmascaramiento de la hegemonía económica.

  • English

    This paper analyzes and deepens the concept of “personal competencies” related to the proposal of the Indicazioni Nazionali (2004), a fundamental document in the complex normative argumentation of contemporary Italian educational policy that defines the curricular framework of the Italian compulsory school system. Within the theoretical framework developed by T.S. Popkewitz, the analysis highlights the resource used by the actors who have generated it based on the Catholic theory of the “persona integral” (“whole person”). This theory is conscientiously used to harmonize social expectations about individual and national competitiveness with the accompanying enhancement of the sacredness of the person. The deepening of this construct of symbiosis allows us to highlight it as a strategic device within an ecosystem of discursive actions that are shown as legitimized by the Church, and linked to the salvific-business dream of the former Prime Minister of the Italian Republic Silvio Berlusconi. In concrete terms, the discursive actions are linked in turn to the economic policy of recent decades, as shown in the curriculum reform of Minister Moratti (2004), together with the latest curriculum proposals (2007 and 2012) by governments of opposing colors. Finally, at a more general sociological level, the analysis we provide manifests the political educational use of a new neo-corporate subjectivity that not only saturates utilitarian qualities. We conclude by arguing that the analysis of all these applications, while highlighting the persuasive force of the analyzed construct, strategically forgets the social and civic complexity to open up the problem of the possible effects of developing in the Italian educational system anti-democratic conservatism and the masking of the economic hegemony that sustains the completely discursive apparatus.

  • português

    Este documento analisa e aprofunda o conceito de “competências pessoais” relacionadas à proposta das Indicações (2004), um documento fundamental na complexa argumentação normativa da política educacional italiana contemporânea que define o quadro curricular do sistema escolar obrigatório italiano. Dentro do marco teórico desenvolvido por T.S. Popkewitz, a análise destaca o recurso utilizado pelos atores que o geraram com base na teoria católica da “persona integral” (“pessoa integral”). Esta teoria é utilizada conscientemente para harmonizar as expectativas sociais sobre a competitividade individual e nacional com a conseqüente valorização da sacralidade da pessoa. O aprofundamento desta construção de simbiose nos permite destacá-la como um dispositivo estratégico dentro de um ecossistema de ações discursivas que são mostradas como legitimadas pela Igreja, e ligadas ao sonho salvífico empresarial do ex-Primeiro Ministro da República Italiana Silvio Berlusconi. Em termos concretos, as ações discursivas estão, por sua vez, ligadas à política econômica das últimas décadas, como mostra a reforma curricular do Ministro Moratti (2004), juntamente com as últimas propostas curriculares (2007 e 2012) dos governos de cores opostas. Finalmente, em um nível sociológico mais geral, a análise que fornecemos manifesta o uso educativo político de uma nova subjetividade neo-corporativa que não apenas satura qualidades utilitárias. Concluímos argumentando que a análise de todas estas aplicações, embora destacando a força persuasiva da construção analisada, esquece estrategicamente a complexidade social e cívica para abrir o problema dos possíveis efeitos do desenvolvimento no sistema educacional italiano do conservadorismo antidemocrático e do mascaramento da hegemonia econômica que sustenta o aparato completamente discursivo.