Caracterização de casos notificados de violência contra a gestante no Estado do Espírito Santo, no período de 2011 a 2016

• Cacau Barbosa, Hudson Jose ^[1] ; Campos Bernardes, Hugo Moura ^[1] ; Arêas Aguiar, Rafaela ^[1] ; Oliveira Gomes, Katrynni ^[1] ; Almada, Gilton Luiz ^[1] ; Romildo Rocha Azevedo Junior ^[1] ; Murad Szpilman, Ana Rosa ^[1]
  1. [1] Universidade Vila Velha

     Universidade Vila Velha

     Brasil

     
• Localización: Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde - RBPS, ISSN-e 2446-5410, Vol. 21, Nº. 4, 2019, págs. 38-48
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Characterization of notified cases of violence against pregnant women in Espírito Santo State from 2011 to 2016
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    Introduction: Violence against women has significant impact on several segments of society, mainly violence that represents physical, sexual or psychological threat to pregnant women, since it can trigger symptoms such as chronic pain, recurrent urinary infections, behavioral disorders, depression and suicidal tendency. Objective: Epidemiologically characterizing cases of violence (physical, psychological and / or sexual) against pregnant women living in Espírito Santo State, from 2011 to 2016. Methods: Analyses were based on the Health Information System Notification Service (SINAN) database. Chi-square test was used to define whether there was association, or not, between variables, at 5% significance level (p <0.05). Standardized residual and Cramer’s V values were also analyzed. Results: The age of most physically assaulted pregnant women ranged from 20 to 34 years; they were brown, lived in the urban area, only had elementary education, and were in the first pregnancy trimester at the time they were subjected to domestic violence. The most common aggressors were not kin to the victims and physical violence was the most reported type. The metropolitan macroregion of the investigated state recorded the largest number of notifications. Conclusion: Violence against pregnant women is a serious issue in Espírito Santo State, which has been experiencing increasing rates of different and more frequent aggressions against a significantly vulnerable population. It is necessary improving women’s care network by giving victims real options to report violence against them and find protection.

  • português

    Introdução: A violência contra a mulher atinge diversos segmentos da sociedade, especificamente a violência que provoca ameaça física, sexual ou psicológica à mulher grávida que pode desencadear o aparecimento de sintomas como dores crônicas, infecções urinárias de repetição, transtornos do comportamento, depressão e tendência ao suicídio. Objetivo: Caracterizar epidemiologicamente casos de violência (física, psicológica e/ou sexual) contra as gestantes residentes no estado do Espírito Santo, no período de 2011 a 2016. Métodos: As análises basearam-se no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Utilizou-se o teste do Qui quadrado para definir associação ou não entre as variáveis, adotando-se nível de significância de 5% como regra de decisão (p<0,05). Também foram obtidos e analisados os valores dos resíduos estandardizados e do V de Cramer. Resultados: A maioria das gestantes agredidas tinha entre 20 e 34 anos de idade, residia em área urbana, era de raça parda, com apenas ensino fundamental, e no momento da agressão, que ocorreu dentro de casa, estava no primeiro trimestre da gestação. O agressor mais comum não é parente da vítima, e a violência física foi o tipo mais encontrado. A macrorregião metropolitana do Estado foi a que registrou maior número de notificações. Conclusão: É grave o quadro de violência contra a gestante no Estado, revelando taxas crescentes de agressões distintas e mais frequentes em um grupo populacional muito vulnerável. Há necessidade de aprimoramento da rede de atendimento à mulher, com opções reais de denúncia e busca da proteção.