Objetivo: analisar o perfil da farmacoterapia intra-hospitalar quanto à ocorrência de polifarmácia, potenciais interações medicamentosas e prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados em idosos hospitalizados por fraturas ósseas. No período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, com pacientes idosos internados por fraturas em qualquer segmento corporal, candidatos ao tratamento cirúrgico, que se encontravam em terapia farmacológica no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), Maranhão. Metodologia: as prescrições foram analisadas por meio do banco de dados Lexi-Interact® para identificar possíveis interações medicamentosas em potencial e os critérios de Beers atualizados em 2019 pela American Geriatrics Society para classificar os medicamentos potencialmente inapropriados. Para verificação de associações foram utilizados o teste de Qui-Quadrado e o teste exato de Fisher. Resultados: o estudo incluiu 29 participantes. A polifarmácia ocorreu em 75,8% dos pacientes. 25 pacientes (86,2%) faziam uso de pelo menos um medicamento potencialmente inapropriado para idosos. 45,3% das 115 potenciais interações edicamentosas possuíam ação deletéria sob a condição clínica do paciente. Conclusão: o perfil da farmacoterapia se caracterizou pela elevada taxa de polifarmácia, prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados pertencentes às classes farmacológicas dos AINEs, analgésico, antibiótico e protetor gástrico, que as potenciais interações medicamentosas foram de grande risco clínico em idosos com fraturas ósseas, cujo predomínio foi de fêmur. Espera-se contribuir para tomada de medidas em consenso para as prescrições de idosos e que outras pesquisas nessa abordagem sejam realizadas para endossar esses achados.
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