Resumen de A Complacent Memory? Street Name Changes in Lisbon During the Revolutionary Period
- español
Este ensaio analisa as mudanças operadas nos nomes das ruas de Lisboa durante o período revolucionário em Portugal, de abril de 1974 a novembro de 1975. Essas mudanças são enquadradas no contexto dos estudos da memória, com o objetivo de compreender a imagem da cidade que a Comissão Municipal de Toponímia pretendia projetar. A primeira seção apresenta uma visão geral das mudanças nos nomes das ruas em Lisboa durante o conturbado século XX em Portugal; a seção dois estabelece o referencial teórico que orienta a análise. A secção central deste artigo centra-se no trabalho da Câmara Municipal de Lisboa no que diz respeito à alteração do nome das ruas no primeiro ano após a Revolução do 25 de Abril. Como demonstrarei, a Comissão de Toponímia não foi de forma alguma complacente com a ditadura. Porém, longe de apoiar a trajetória revolucionária do PREC, seus membros estavam empenhados em manter o equilíbrio e evitar lutas ideológicas, estabelecendo uma base estável para uma política de memória democrática e consensual.
- English
This article analyses the changes made to Lisbon’s street names during the revolutionary period in Portugal, spanning April 1974 to November 1975. These changes are framed in the context of memory studies, in order to understand the image of the city which the Toponymy Commission intended to project. The first section provides an overview of street name changes in Lisbon during Portugal’s politically volatile twentieth century. The second sets up the theoretical framework that guides the analysis. The third and central section of this paper focusses on the work of Lisbon’s City Hall regarding street name changes in the first year after the Revolution of April 25, 1974. As I will argue, the Toponymy Commission was by no means complacent with the dictatorship. However, far from supporting the revolutionary course of the PREC, their members were rather engaged in maintaining a balance and avoiding ideological struggles, setting a stable foundation for democratic and consensual politics of memory.
