Ana Flavia Teodoro de Mendonça Oliveira, Maria Lúcia Gurgel da Costa, Katleen Côrtes da Silva
This paper is the result of a qualitative-descriptive research that analyzed the language aspects of a person with Autism Spectrum Disorder (ASD), the research was conducted based on an autobiographical narrative titled "Tudo o que eu posso ser" (All I can be). The data analysis followed the assumptions of the content analysis technique, by Bardin, and the following categories were established: (1) delays in verbal communication; (2) difficulties in relation to the pragmatic aspects of language; (3) literal interpretation of words; (4) use of immediate and late echolalia; (5) neologisms. It was concluded that ASD implies verbal and non-verbal disorders. Among the verbal disorders, the most damaged linguistic domain refers to pragmatics. In relation to language comprehension, difficulties to perceive the intentionality of the sender are evidenced when there is the use of indirect speech acts or inferences in the speech of the other. Therefore, when dealing with students with ASD, it is important that teachers comprehend that the inability to communicate verbally or even the specificities of communication may be an impediment to learning. So, in order to make inclusion effective, it is necessary for teachers to know the peculiarities and singularities that surround the language of people with Autism Spectrum Disorders, as well as strategies to facilitate such communication, such as the use of Augmentative and Alternative Communication (AAC) resources.
Este artigo deriva de pesquisa qualitativo-descritiva que analisou os aspectos da linguagem de uma pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a partir da narrativa autobiográfica intitulada Tudo o que eu posso ser. A análise dos dados seguiu os pressupostos da técnica de análise de conteúdo, de Bardin. Foram estabelecidas as seguintes categorias de análise: a) atrasos na comunicação verbal; b) dificuldades em relação aos aspectos pragmáticos da linguagem; c) interpretação literal das palavras; d) uso da ecolalia imediata e tardia; e) neologismos. Concluiu-se que o TEA implica transtornos verbais e não verbais. Dentre os transtornos verbais, o domínio linguístico mais comprometido refere-se à pragmática. Em relação à compreensão, evidenciam-se obstáculos para percepção da intencionalidade do emissor quando existe o uso de atos de fala indiretos ou inferências na fala do outro. Portanto, ao lidar com alunos com TEA, é importante que o professor compreenda que a impossibilidade de se comunicar verbalmente ou ainda as especificidades da comunicação podem ser um fator que dificulta a aprendizagem. Para que a inclusão possa ser efetiva, faz-se mister que os professores conheçam as peculiaridades e singularidades que envolvem a linguagem de pessoas com TEA, bem como estratégias de facilitação dessa comunicação, como o uso de recursos de comunicação suplementar e/ou alternativa (CSA).
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