Tarapoto, Perú
La relación entre estética y política tuvo, con las vanguardias históricas, un período de fundamentación y debates que no parece haberse extinguido. En Argentina durante las décadas de 1940 y 1950 se consolida un campo intelectual que, orientado por el carácter módico y poco disruptivo de las vanguardias del veinte (Sarlo 1997), ocultó discusiones más complejas en torno al realismo social y a la experimentación modernista alejada del surrealismo. En esta coyuntura, Fina Warschaver (1910-1989), escritora ligada al partido comunista, se anima a desviarse de la mímesis impuesta por el compromiso en su segunda novela La casa Modesa (1949). Este ensayo analiza las estrategias que Warschaver toma del modernismo de Virginia Woolf (1882-1941) para presentar una estética que cuestiona tanto el lugar de la representación referencial como la naturalización del género que limita el espacio femenino al ámbito doméstico restringiendo el accionar político de la mujer y censurando sus libertades artísticas.
Aesthetics and politics were intrinsically linked during the emergence of the historical avant-gardes, but the discussion about their goals and interventions remains timely today. The intellectual field that emerged in forties and fifties Argentina, though following a moderate and seldom-disruptive version of the classic avant-garde (Sarlo 1997), did advance complex discussions on social realism and experimental forms linked more to modernism than to surrealism. In this period, Fina Warschaver (1910-1989), a writer with affiliations to Communist Party, published the controversial novel La casa Modesa (1949), which was ignored by critics due to its experimental form and its distance from the social realism promoted by communist ideology. This essay analyzes the strategies that Warschaver borrows from Virginia Woolf’s modernist approach to propose a new reading of the text that not only challenges mimesis and referential representation but also questions the naturalization of gender that limits feminine space to the domestic sphere, restricting the political action of women and censoring their artistic freedom.
A relação entre estética e política teve, com as vanguardas históricas, um período de fundamentação e debates que parecem não terem terminado. Na Argentina, durante as décadas de 1940 e 1950, consolidou-se um campo intelectual que, guiado pelo caráter modesto e não disruptivo das vanguardas dos anos vinte (Sarlo 1997), ocultou discussões mais complexas em torno do realismo social e da experimentação modernista afastada do surrealismo. No mesmo período, Fina Warschaver (1910-1989), uma escritora filiada ao Partido Comunista encorajou-se a se desviar da mimese imposta pelo compromisso em seu segundo romance La Casa Modesa (1949). Este ensaio analisa as estratégias que Warschaver toma emprestado da abordagem modernista de Virginia Woolf para apresentar uma nova estética que questiona tanto o lugar da representação referencial—quanto a naturalização do gênero que limita o espaço feminino à esfera doméstica, restringindo a ação política das mulheres e censurando suas liberdades artísticas.
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