Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


"A Hora Vermelha”: violência poética e o tempo da transformação em Et les chiens se taisaient, de Aimé Césaire

  • Autores: Jackqueline Frost
  • Localización: Maracanan, ISSN-e 1807-989X, Nº. 29, 2022 (Ejemplar dedicado a: Tema Livre), págs. 198-220
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • “The Red Hour”: Poetic Violence and the Time of Transformartion in Aimé Césaire´s Et les chiens se taisaient
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      In Aimé Césaire's first tragedy, Et les chiens se taisaient (first published in 1946), an anti-colonial hero called the Rebel struggles in a pre-abolition story-world where the past holds a prophetic grasp on the future. Césaire articulates social transformation through untimely temporal structures associated with organic life cycles, seasonal change and meteorological unpredictability. These ecological models provide the figural registers through which Césaire depicts revolution as a violent eruption of the new at all levels of existence. Unable to be foreseen or contained, these poetic acts of violent creation involve the specific intensity and peculiar temporality of birth. This essay suggests that Les chiens' slave revolt performs the untimeliness of decolonization as a poetics that fundamentally rejects mechanical notions of change determined by linear models of time and history. By reading Les chiens through allusions to its philosophical source material, I show how much of what Césaire constellates can be linked both genealogically and aesthetically to two distinct temporal schemas associated with Greek antiquity: Dionysiac cyclical renewal and kairological "right time". While often opposed on a philosophical level, these two untimely schemas, as juxtaposed by Césaire, express the plural and poetic temporality of decolonial revolution's tragic eruptions. His encounter with Nietzsche's Dionysiac and with the kairos of political theologians involved concepts that, in their capacity as expressions of primitivity, reveal at once the civilizational heritage of Africa as well as the destructive forces capable of undoing European imperialism.

    • português

      Na primeira tragédia de Aimé Césaire, Et les chiens se taisaient (publicada pela primeira vez em 1946), um herói anticolonial, o Rebelde, luta em um mundo ficcional, anterior à abolição, onde o passado detém uma apreensão profética do futuro. Césaire articula a transformação social por meio de estruturas temporais intempestivas associadas a ciclos orgânicos de vida, mudanças sazonais e imprevisibilidade meteorológica. Esses modelos ecológicos proveem os registros figurais através dos quais Césaire descreve a revolução como uma erupção violenta do novo em todos os níveis da existência. Esses poéticos atos de criação violenta, impossíveis de serem previstos ou contidos, envolvem a intensidade específica e a temporalidade peculiar do nascimento. Este ensaio sugere que a revolta escrava em Les chiens apresenta a intempestividade da descolonização como uma poética que rejeita fundamentalmente noções mecânicas da mudança determinadas por modelos lineares do tempo e da história. Lendo Les chiens através de alusões ao material de suas fontes filosóficas, mostro como muito do que Césaire constela pode ser vinculado, tanto genealogicamente quanto esteticamente, a dois esquemas temporais distintos, associados à Antiguidade grega: a renovação cíclica dionisíaca e o “tempo certo” kairológico. Embora opostos com frequência em um nível filosófico, esses dois esquemas intempestivos, como justapostos por Césaire, expressam a temporalidade plural e poética das erupções trágicas da revolução decolonial. Seu encontro com o dionisíaco de Nietzsche e com o kairós de teólogos políticos envolveu conceitos que, em sua qualidade de expressões de primitividade, revelam ao mesmo tempo a herança civilizacional da África e as forças destrutivas capazes de levar o imperialismo europeu à queda.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno