Neste artigo, procuro refletir sobre o acontecido com a etnociência, de que já não se fala, embora tenham progredido, divergindo em rumos distintos, vários estudos "etnocientíficos": a etno-história, etnomusicologia, a etnobiologia, a etnoecologia etc. Tenho em mira a relação entre esses estudos (cada vez mais interdisciplinares) e a antropologia, que é evocada em todos como um fundamento comum, mas não se mostra capaz de reivindicar-lhes o domínio, nem de unificá-lo, indago o que significa para a antropologia a morte prolífica da etnociência. Evoco debates que marcaram a trajetória da etnopsiquiatria e concluo com a discussão de problemas teóricos da etnobiologia, a propósito de uma pesquisa etnobotânica (e etnofarmacológica) sobre o sistema das 'folhas" no candomblé da Bahia.
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