Focalizando o quadro mais geral dentro do qual ganham sentido as mudanças políticas na região Nordeste do Brasil, a partir da segunda metade do século XIX, o autor mostra a lenta decomposição de um sistema social fundado sobre o latifúndio, o trabalho escravo e a monocultura de exportação. Trata-se de uma estrutura em que a violência difusa, não-centralizada, se constitui no instrumento, por excelência, de distribuição de poder. Sob essa ótica, examinando a dinâmica do processo de industrialização do país, aponta modificações das forças produtivas, formação de alianças entre o poder público nacional e o poder político privado. Focaliza, ainda, a organização das “ligas camponesas” e dos sindicatos de trabalhadores rurais no Nordeste.
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