Tendo como pano de fundo a questão social e sociológica sobre quais as condições necessárias para a emergência (ou não) da acção colectiva, este artigo aborda esta questão confrontando diversas posições a este respeito, enriquecendo-a com dados empíricos de um estudo de caso num assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Estado de Pernambuco (Brasil). Estes trabalhadores surgem pelo MST com uma organização própria, questionando inclusive a lógica global inerente ao actual estádio do desenvolvimento capitalista. Recolhendo contributos de diversos autores (neo)marxistas e (neo) weberianos sobre movimentos sociais, assumimos todavia como básico o imperativo da sobrevivência e segurança (Scott) e combinamos, na esteira de Bader, os diversos níveis de análise da acção colectiva.
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