Este artigo formula uma hipótese de pesquisa sobre o uso de cirurgia plástica por imigrantes em dois cenários diferentes política, social e culturalmente: na passagem do século XIX para o XX, as cirurgias plásticas podem ser compreendidas como recurso de afirmação de identidades centradas e unívocas legitimadas científica e politicamente por idéias como a de superioridade racial e evolução social. Já na transição do século XX para o XXI, as intervenções cirúrgicas para mudar traços físicos se constituem estratégia que não elimina a possibilidade de adesão a outras identidades (gênero, orientação sexual etc.). Nos dois cenários, as cirurgias plásticas realizadas por imigrantes possuiriam, assim, em comum a necessidade de “apagar” marcas corporais que denunciam sua condição de estrangeiros e podem representar obstáculos nos campos social e do trabalho
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