Resumen de Revisão estratigráfica da cobertura sedimentar pós-basaltos do planalto ocidental paulista - a contribuição do séc. XX
Mario Lincoln De Carlos Etchebehere, Antonio Roberto Saad, Vicente José Fulfaro, Paulo Milton Barbosa Landim
Este artigo apresenta uma revisão estratigráfica da cobertura sedimentar pós-Formação Serra Geral que encima o Planalto Ocidental Paulista, baseada na literatura geológica publicada ao longo do Séc. xx. Adicionalmente, delineia o ponto de vista dos autores sobre a evolução geológica da região no intervalo Cretáceo - Cenozóico. A proposta estratigráfica compreende três conjuntos maiores, a saber: os grupos Caiuá (Cretáceo inferior?) e Bauru (Cretáceo superior), separados por um discordância de âmbito regional, caracterizada pela presença do Geossolo Santo Anastácio, e o conjunto de sedimentos cenozóicos, que incluem aluviões recentes, leques aluviais hodiemos (provavelmente induzidos por ação antropogênica), mantos coluvionares holocênicos, depósitos de terraço pleitocênicos, e unidades que compreendem formações superficiais (regolitos desenvolvidos nos sedimentos cretácicos nos remanescentes de peneplanos) e possíveis mantos sedimentares cenozóicos, ainda mal caracterizados geologicamente (Formação Itaqueri e correlatos). Os dois primeiros conjunto são dominantemente deposicionais e o terceiro, apesar de mal caracterizado e cartografado, está vinculado à evolução do relevo no Cenozóico, no processo que iniciou-se com a fragmentação da grande Superficie Sul-Americana e redundou na conformação atual do relevo.
