El presente trabajo analiza, a partir del ejemplo de los moqoit del Chaco argentino, los recaudos metodológicos que deben tomarse a la hora de utilizar el concepto de “observación astronómica” al abordar diversos contextos socio-culturales. El sentido común de la astronomía académica suele dar por sentado el marco de significados que hace posible la experiencia directa del cielo y lo vincula automáticamente a la “observación” de “fenómenos” y “objetos”. Nuestro trabajo muestra cómo, para problematizar este posicionamiento, es necesaria una indagación etnográfica de cuestiones tan fundamentales como ¿cuándo y desde donde se experimenta el cielo? ¿qué sentidos intervienen en dicha experiencia? ¿qué es la noche? ¿cuál es el vínculo entre sueño y vigilia? A partir de trabajo de campo etnográfico, de etnografías previas y del uso de fuentes documentales, analizamos estos interrogantes para el caso moqoit, elaborando a partir de ello reflexiones metodológicas generales para el trabajo en el campo de la astronomía cultural.
The present paper analyzes, from the example of the moqoit of the Argentine Chaco, the methodological precautions that must be taken at the time of using the concept of "astronomical observation" when dealing with diverse socio-cultural contexts. The common sense of academic astronomy often takes for granted the framework of meaning that makes direct experience of sky possible and links it directly to the "observation" of "phenomena" and "objects." Our work shows that it is necessary, in order to problematize this usual assumptions, an ethnographic investigation of fundamental questions such as: when and from where the sky is experienced? What senses intervene in this experience? What is night? What is the link between dreams and wakefulness? From ethnographic field work, previous ethnographies and the use of documentary sources, we analyze these questions for the moqoit case, elaborating general methodological reflections for work in the field of cultural astronomy.
Este artigo analisa, a partir do exemplo do moqoit do Chaco argentino, os cuidados metodológicos que devem ser tomados ao utilizar o conceito de "observação astronômica" ao abordar diversos contextos socioculturais. O senso comum da astronomia acadêmica tende a tomar como certo o quadro de significados que possibilita a experiência direta do céu e a vincula automaticamente à “observação” de “fenômenos” e “objetos”. Nosso trabalho mostra como, para problematizar essa posição, é necessária uma investigação etnográfica de questões tão fundamentais como quando e de onde se dá a experiência com o céu? Que sentidos estão envolvidos nessa experiência? Qual a relação entre o sono e a vigília? A partir do trabalho de campo etnográfico, de etnografias anteriores e do uso de fontes documentais, analisamos essas questões para o caso moqoit, elaborando a partir dele reflexões metodológicas gerais para o trabalho no campo da astronomia cultural
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