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Resumen de Da etnografia clássica à auto-antropologia visual Apyãwa-Tapirapé: a festa-ritualsazonal Iraxao

Paula Grazielle Viana dos Reis, Rubén Caixeta de Queiroz (dir.)

  • Logo no início do século XX, o povo Tapirapé ou Apyãwa do Brasil Central, de língua Tupi, contava com cerca de 1.000 a 1.500 pessoas. No ano de 1947, depois de várias epidemias e de massacres cometidos contra eles, a sua população caiu para apenas 47 pessoas. A partir daí, o povo começou a se recompor, e hoje volta novamente ao número de 1.000 pessoas do início do século XX. Nesta trajetória, muitos colonizadores, missionários, homens brancos, chegaram no seu território, para tomá-lo, ou para tirar fotografia e fazer filmes ou, ainda, para converter os Apyãwa ao cristianismo – quando não, para viver do lado deles, se possível, sem modificar sua cultura. Esta tese propõe-se a revisitar este material audiovisual e ver como, ao longo do tempo, foi-se construindo uma “imagem” de fora sobre os Apyãwa.

    Ao lado dos “estrangeiros”, chegaram os estudiosos, como os etnólogos Herbert Baldus e Charles Wagley. A partir dos anos de 1930, ali eles realizaram um trabalho de campo pioneiro e moderno, construindo uma “imagem sólida” (a partir de imagens técnicas e tradicionais) sobre aquela “tribo”, que resultou em duas etnografias clássicas. Hoje, os próprios Apyãwa fazem e refazem, por meio do vídeo e da fotografia, por meio de trabalhos escritos para a universidade, a imagem de seu povo. Eles estão cientes da necessidade de ouvir os sábios, não deixar sua cultura desaparecer. O objetivo deste trabalho é voltar às imagens técnicas e tradicionais, ver o que elas quiseram nos comunicar e, acima de tudo, dialogar com a jovem geração dos Apyãwa, por meio de seus filmes e de suas narrativas tradicionais e modernas.

    Assim, esta tese é uma tentativa de compreender as imagens construídas, desde o século XX, por diversos estudiosos, sobretudo antropólogos, sobre os povos indígenas Apyãwa, contrastando tal imagem com aquela esboçada por nós mesmos no escopo deste trabalho e, por fim, com aquela elaborada pelos próprios Apyãwa ou parceiros desta pesquisa


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