Caíque Pimentel Guimarães, Sandra Straccialano Coelho (dir.)
Esta dissertação investiga o processo de evidenciação no cinema documentário brasileiro contemporâneo, com foco na produção que diz respeito tanto a questão das memórias silenciadas dos que sofreram a violência, quanto a uma imbricação narrativa entre ficção e documentário, em um processo que se estabelece frente à ausência de provas e/ou documentos do passado que se quer acessar. Argumentamos a partir da questão da evidência sob o ponto de vista da retórica, tomando como referência teórica Bill Nichols, com o objetivo de compreender como se organiza o discurso documental construído pelo documentarista e as maneiras utilizadas por ele para acessar e nos apresentar o passado dos atores sociais. Para análise dessa relação entre evidenciação e ficcionalidade, analisamos o documentário Orestes (2015), de Rodrigo Siqueira, a partir do modelo semiopragmático de Roger Odin (2000), ob- servando a produção de sentido e de modos de leitura gerados pelo filme a partir da construção da evidência.
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