O presente artigo visa abordar a temática da cegueira e da música durante o período Barroco em Portugal. São várias as representações artísticas, em azulejo ou em escultura de barro (figuras de presépio) que comprovam a existência destes tipos sociais na sociedade Portuguesa. A análise de fontes com iconografia musical permite-nos analisar contextos de representação e averiguar a função social dos cegos músicos nesta época, bem como estudar a sua sobrevivência em grupos itinerantes, pois estes, por necessidade da falta do sentido da visão, faziam-se acompanhar de uma criança/moço, que os guiavam, e de um pequeno cão, que tanto protegia o grupo como auxiliava na performance musical, realizando acrobacias ao som da música. A análise dos instrumentos musicais associados a estes grupos será também uma das questões a tratar.
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