Intolerância religiosa, legislação étnico-racial e a mudança da paisagem dos direitos religiosos afro-brasileiros no brasil do século XXI

• Autores: Elina Hartikainen
• Localización: ABYA-YALA: Revista sobre acesso á justiça e direitos nas Américas, ISSN-e 2526-6675, Vol. 6, Nº. 1, 2022, págs. 48-86
• Idioma: portugués
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• Resumen
  • español

    El estatus legal de lasreligiones afrobrasileñas ha cambiado dramáticamente en las últimas décadas. Durante gran parte del siglo XX, las religiones afrobrasileñas carecieron de reconocimiento legal como religiones. Durante los últimos veinte años, se han convertido en objeto y beneficiarias de las leyes etnico-raciales y las instituciones gubernamentales impulsadas por la constitución ciudadana de Brasil de 1988. Aunasí, la mayoría de los actos de violencia contra las religiones afrobrasileñas no llegan a los tribunales y aún menos son juzgados utilizando los marcos legales proporcionados por las leyes étnico-raciales. Este artículo examina los obstáculos estructurales que ha enfrentado la resolución legal de la discriminación contra las religiones afrobrasileñas durante las últimas dos décadas. Sostiene que, aunque los esfuerzos de los activistas religiosos han contribuido a cambios beneficiosos en el panorama legal que rodea a la intolerancia religiosa, la comprensión legal actual del prejuicio religioso y la discriminación continúa restringiendo la aplicación de la ley antidiscriminatoria a la mayoría de los ataques contra las religiones afrobrasileñas. De cara a la década de los 2020s, se puede esperar que estos obstáculos se agraven aún más por la creciente influencia de las agendas cristianas evangélicas conservadoras en los poderes ejecutivo, legislativo y judicial del gobierno brasileño.

  • English

    The legal status of Afro-Brazilian religions has changed dramatically in the past few decades. For much of the 20th century, Afro-Brazilian religions lacked legal recognition as religions. Over the past twenty years, they have become targets and beneficiaries of ethnoracial laws and government institutions fostered by Brazil’s 1988 “Citizen Constitution.”Still, most acts of violence on Afro-Brazilian religions fail to reach courts and even fewer are tried using the legal frameworks provided by ethnoracial law. This article examines the structural obstacles that the legal remediation of discrimination against Afro-Brazilian religions has faced over the past two decades. It argues that although religious activists' efforts have contributed to beneficial changes in the legal landscape surrounding religious intolerance, current legal understandings of religious prejudice and discrimination continue to curtail the application of anti-discriminatory law to most attacks on Afro-Brazilian religions. Looking ahead to the 2020s, these obstacles can be expected to be aggravated further by the growing influence of conservative Evangelical Christian agendas on the executive, legislative and judiciary branches of the Brazilian government.

  • português

    O status legal das religiões afro-brasileiras mudou dramaticamente nas últimas décadas. Durante grande parte do século XX, elasnão foram reconhecidas legalmente como religiões. Nos últimos vinte anos, elas se tornaram alvos e beneficiários das leis étnico-raciais e instituições governamentais promovidas pela Constituição Cidadã de 1988. Ainda assim, a maioria dos atos de violência contra religiões afro-brasileiras não chega aos tribunais e menos ainda são julgados usando os marcos legais fornecidos pelas leis étnico-raciais. Este artigo examina os obstáculos estruturais enfrentados pela remediação legal da discriminação contra as religiões afro-brasileiras nas últimas duas décadas. O artigo argumenta que embora os esforços dos ativistas religiosos tenham contribuído para mudanças benéficas no cenário legal em torno da intolerância religiosa, os atuais entendimentos legais de preconceito e discriminação religioso continuam a restringir a aplicação das leis antidiscriminatórias aos ataques às religiões afro-brasileiras. A perspectivapara a década de 2020, é que esses obstáculos sejam agravados pela crescente influência das agendas cristãs evangélicas conservadoras nos poderesexecutivo, legislativo e judiciário.