No litoral Norte de São Paulo, Ilhabela conta com um rico acervo arqueológico e patrimônio edificado dos séculos XVIII ao XX. Dentro desse rol de ruínas e prédios, encontra-se um interessante e ainda pouco analisado momento produtor da ilha: os engenhos de açúcar e cachaça. Foram trinta e um centros produtores ao longo de quase duzentos anos, período em que a cana-de-açúcar alterou consideravelmente as características físicas da ilha. A renovação da Mata Atlântica é de extremo interesse no estudo do contexto da mudança agrícola da ilha e da construção de sua paisagem cultural. O engenho da Toca, última destilaria ainda em funcionamento, foi estudado no trabalho final de graduação na FAUUSP em um âmbito completo da questão de sua memória. A pesquisa em andamento propõe a continuidade do tema, ao compor um inventário desses engenhos, analisar as técnicas de produção (máquina a vapor, tração animal e rodas d’água) e a situação atual dos sitios, sendo apenas um exemplar protegido pelos órgãos de preservação, o Engenho d’Água. Busca-se abrir uma nova frente de estudo para compreender o patrimônio agro-industrial ilhabelense e propor estratégias para assegurar sua proteção.
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