O ressentimento bate à porta: masculinidades e violência em um hospital de trauma

• Barbosa dos Santos, Helen ^[1] ; Caetano Nardi, Henrique ^[1]
  1. [1] Universidade Federal do Rio Grande do Sul

     Universidade Federal do Rio Grande do Sul

     Brasil

     
• Localización: Hybris: revista de filosofía, ISSN-e 0718-8382, Vol. 12, Nº. Extra 2, 2021 (Ejemplar dedicado a: Especial: Masculinidades: Campos críticos, procesos emancipatorios y reconfiguraciones de la hegemonía), págs. 45-74
• Idioma: inglés
• Títulos paralelos:
  • Resentment knocks at the door: masculinities and violence in a trauma hospital
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• Resumen
  • English

    In this ethnographic research, we analyzed the intersection between public health and law enforcement practices directed at men who were victims of violent conflicts in two trauma hospitals in the city of Porto Alegre / Brazil. The ethnographic field searched to follow the narratives and interactions between criminalized masculinities (black and poor men) and public security professionals (civil police, military police and prison officers). The central conceptual operators are driven from studies on the security device (Michel Foucault), Moral economics (Didier Fassin) and from the field of masculinities and violence. For men marked as being from crime, the suffering produced by the trauma experienced is not just invisible; it is taken as a sign of danger. This dynamic governs the relationships between masculinities involved in violent conflicts and produces resentment as the central affection

  • português

    Nesta pesquisa etnográfica, analisamos a intersecção entre práticas de saúde e de segurança pública dirigida aos homens vítimas de conflitos violentos em dois hospitais de trauma no município de Porto Alegre/Brasil. Parte do campo consistiu em acompanhar as narrativas e as interações entre masculinidades criminalizadas (homens negros e pobres) e profissionais da segurança pública (policiais civis, policiais militares e agentes penitenciários). Os operadores conceituais centrais são inspirados nos estudos sobre o dispositivo de segurança (Michel Foucault), Economia moral (Didier Fassin) e no campo das masculinidades e violência. Para homens marcados como sendo do crime, o sofrimento produzido pelo trauma vivido não é apenas invisibilizado; ele é tomado como sinal de periculosidade. Essa dinâmica rege as relações entre masculinidades envolvidas em conflitos violentos e produz o ressentimento como afeto central