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“Observações de uma cúmplice”: Análise dialógica do discurso autobiográfico de Svetlana Alexievich

    1. [1] Universidade Estadual Paulista

      Universidade Estadual Paulista

      Brasil

  • Localización: Letras de Hoje: Estudos e debates de assuntos de lingüística, literatura e língua portuguesa, ISSN 0101-3335, Vol. 56, Nº. 3, 2021, págs. 711-725
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • “Apuntes de una cómplice”: Análisis dialógico del discurso autobiográfico de Svetlana Alexievich
    • “Remarks from an Accomplice”: Dialogic analysis of Svetlana Alexievich's autobiographical discourse
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      La memoria nostálgica se evoca como respuesta a un presente angustioso y, así, guía el futuro del sujeto evocador. Con un fuerte efecto en la construcción de la identidad, colectiva e individual, la nostalgia resulta especialmente fructífera en la sociedad rusa. Algo que se refleja notablemente en los relatos mnemotécnicos de la obra El fin del ‘Homo sovieticus’ (2016), de la periodista y escritora bielorrusa Svetlana Alexievich. En la obra, la narrativa colectiva privilegiada dentro de los mitos e ideologías que gobernaron la Unión de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) hace spacio a una amplia variedad de facetas de la historia a través de relatos privados. Con esto en mente, el objetivo de este estudio fue analizar el capítulo autobiográfico “Apuntes de una cómplice”, desde la perspectiva del análisis dialógico del discurso, con especial atención a la forma en que Alexievich se posiciona discursivamente como autor. Con este fin, se desarrollaron conceptos del Círculo de Bakhtin y se basaron en el marco ideológico soviético examinado en las obras de Svetlana Boym y Orlando Figes. Se encontró una voz de autor que reconoce su poder de construcción histórica en un diálogo profundo con la comunidad de la que fue y es parte. En base a eso, al mismo tiempo que ella se distancia para dar un cierto acabado estético a su carácter autobiográfico, la autora desarrolló su identidad discursivamente acercándose con empatía al otro con quien compartía las expectativas y los dolores del vigor y la caída del régimen soviético.

    • português

      A memória nostálgica é evocada em resposta a um presente aflitivo e, assim, orienta o futuro do sujeito reminiscente. De efeito contundente na construção da identidade – coletiva e individual – a nostalgia se mostra especialmente profícua na sociedade russa. Algo que se reflete notavelmente nos relatos mnemônicos da obra O fim do homem soviético (2016), da jornalista e escritora bielorrussa Svetlana Alexievich. Na obra, a narrativa coletiva privilegiada no interior dos mitos e ideologias que regiam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) dá espaço a uma miríade de tonalidades através dos relatos particulares. Tendo isso em vista, o objetivo deste estudo foi analisar o capítulo autobiográfico “Observações de uma cúmplice”, a partir da perspectiva da análise dialógica do discurso, com atenção especial ao modo como Alexievich se posiciona discursivamente como autora. Para tanto, desenvolveram-se conceitos do Círculo de Bakhtin e apoiou-se na ambientação ideológica soviética examinada em obras de Svetlana Boym e Orlando Figes. Constatou-se uma voz autoral que reconhece seu poder de construção histórica em diálogo profundo com a comunidade da qual fez e faz parte. A partir disso, por mais que se distanciasse para dar certo acabamento estético à sua personagem autobiográfica, a autora desenvolveu discursivamente sua identidade ao aproximar-se empaticamente do outro com quem compartilhou as expectativas e dores do vigor e queda do regime soviético.

    • English

      Nostalgic memory is evoked in response to a distressing present and, thus, guides the future of the reminiscent subject. With a strong effect on the construction of identity - collective and individual - nostalgia proves to be especially fruitful in Russian society. Something that is notably reflected in the mnemonic narratives of the work Secondhand Time: The Last of The Soviets (2016), by Belarusian journalist and writer Svetlana Alexievich. In the work, the privileged collective narrative within the myths and ideologies that governed the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) gives chance to a wide variety of history facets through private narratives. With this in mind, the aim of this study was to analyze the autobiographical chapter “Remarks from an Accomplice”, from the perspective of dialogic discourse analysis, with special attention to the way Alexievich positions herself discursively as an author. Therefore, we mobilized Bakhtinian concepts, and we base ourselves on the Soviet ideological setting examined in works by Svetlana Boym and Orlando Figes. Then, we found an authorial voice that recognizes its power of historical construction in deep dialogue with the community of which it belongs. Based on that, at the same time she distances to give a certain aesthetic finish to her autobiographical character, the author developed her identity discursively by empathetically approaching the other with whom she shared the expectations and pains of the vigor and downfall of the Soviet regime.


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