Ubirajara Santiago de Carvalho Pinto
Based on qualitative data collected in a field research carried out in 2016 in five state public schools in Rio de Janeiro, this article examines the meanings attributed to injustice in public schooling practices and how student action in this context shapes the occupation of schools and current student experiences. The analyzes expanded the understanding of the school as a public arena, revealed the various ways in which political ties are formed, broken and maintained in the school and in occupations, and addressed the deficiencies of public schools and the policies for upper secondary public schools in Rio de Janeiro and other states. The research also revealed the uncertain and difficult associative student effort to expose education problems while living in the occupied school. The situations observed bring to light the need for a habitable public school, the ineffectiveness of the schooling offered to poor Brazilian students and young people, and the difficult struggle faced by them to ensure quality schooling and autonomy in the complex, unequal and plural context of current Brazilian society.
A partir de dados qualitativos construídos em pesquisa de campo realizada no ano de 2016 em cinco escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro, são analisados os sentidos de injustiça que atravessam a escolarização pública estadual e os modos de atuar que conformam as ocupações das escolas e a experiência escolar atual. As análises conduzem a ampliar a definição da escola como arena pública e à percepção da multiplicidade de formas pelas quais os vínculos políticos se constituem, se rompem e se mantêm na escola e nas ocupações, assim como a interrogar as deficiências do equipamento público escolar e das políticas públicas destinadas ao ensino médio no Rio de Janeiro e noutros estados. Na mesma direção, argumenta-se no sentido de mostrar o instável e dificultoso trabalho associativo dos estudantes em vista de sustentar, enquanto coabitam a escola ocupada, a denúncia dos problemas que atravessam sua escolarização. As situações encontradas interrogam tanto a oferta de uma escola pública habitável quanto a ineficácia da qualificação escolar dos estudantes/jovens das classes populares brasileiras, entre os quais as questões problemáticas trazidas à tona evidenciam uma difícil batalha pela escolarização e pela autonomização nas condições complexas, desiguais e plurais da sociedade brasileira atual.
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