This article is inserted in an investigation project centered on the problem of hospitality in the way students act in school grounds, viewed through inhospitable and hospitable experiences these actors lived throughout school sociabilities. In the framework of this problem, we intend to observe, in particular, how students who qualify as foreign connect to the school, and, through these bonds, the way they relate to others, in the figure of their peers, within a context of a transformation in school morphology in the last few decades stemming from the rise in the number of foreign students enrolled in the cycles of mandatory schooling in Portugal. Through the theoretical framework commonly designated pragmatic sociology, we intend to analyze how students are engaged in different and compounded regimes of action that seek to make the common in the plural in their respective teaching establishments. For that purpose, we have articulated data from semi-structured interviews and ethnographic observations conducted in two public schools within the Portuguese Secondary Education system, with a common trait of hosting large contingents of students originating from contexts of immigration and of different nationalities. Shining a sociological light on several typified spaces that make up the school territory, it is in the exteriorizations by these foreign students when inquired regarding pressing events and about the way in which they inhabit the school that we address and point out the problem of recognition—namely the forming of the recognition of students in their status as foreign and the several experiences in which this recognition is or is not experienced.
O presente artigo insere-se em um projeto de investigação centrado na problemática da hospitalidade na forma como os alunos agem nos territórios escolares, visibilizada por meio de experiências inóspitas e hospitaleiras vivenciadas por esses atores no decurso das sociabilidades escolares. No quadro desta problemática, pretende-se, em particular, observar como os alunos qualificados como estrangeiros se ligam à escola e, através desses laços, analisar as maneiras como se relacionam com os outros, na figura dos seus pares, em um contexto de transformação na morfologia escolar nas últimas décadas, decorrente do incremento do número de alunos estrangeiros que se matriculam nos ciclos da escolaridade obrigatória em Portugal. Mediante o quadro teórico comumente designado por sociologia pragmática, tenciona-se analisar como alunos se envolvem em diferentes e compostos regimes de ação que visam a fazer o comum no plural nos respectivos estabelecimentos de ensino. Articulam-se, para o efeito, dados de entrevistas semidiretivas e observações etnográficas levadas a cabo em duas escolas públicas do ensino médio português e que têm como traço comum albergarem fortes contingentes de alunos oriundos de contextos de imigração e com diversas nacionalidades. Incidindo o olhar sociológico sobre vários espaços tipificados que compõem o território escolar, é nas exteriorizações por parte desses alunos estrangeiros inquiridos em torno de acontecimentos efervescentes e do modo como habitam a escola que é tratada e evidenciada a problemática do reconhecimento – nomeadamente, as composições do reconhecimento do aluno na sua figura de estrangeiro e as diversas experiências em que esse reconhecimento é ou não experienciado.
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