En un contexto en el cual las desigualdades tienden a multiplicarse y fraccionarse, este artículo se propone analizar las experiencias de desigualdad en un barrio periurbano de composición migrante. A partir de un enfoque cualitativo y partiendo de la noción de interseccionalidad, se analizan las narrativas de quienes habitan dicho barrio, reconociendo los modos en los que diversas desigualdades y ejes de dominación se yuxtaponen y se expresan en su vida cotidiana. Para ello, se realizaron entrevistas en profundidad, luego trabajadas a partir de la técnica de análisis de contenido temático.Como resultado, se ha identificado que en los relatos predomina una percepción sobre los problemas del barrio y sobre la propia vulneración de derechos más ligada a las condiciones de informalidad urbana o a la desigualdad de género que a la condición migratoria. Esta última, en cambio, queda reducida a los relatos sobre experiencias del pasado y sobre trayectorias migratorias previas y opacada su referencia en lo que respecta a las condiciones de vida actuales, incluso, en algunos casos la condición migratoria es ocultada como estrategia para reducir las miradas estigmatizantes sobre el barrio y sobre quienes lo habitan.
Num contexto em que as desigualdades se multiplicam e fracionam, o presente artigo visa analisar as experiências de desigualdade num bairro periurbano com população migrante. Com base na abordagem qualitativa e lançando mão do conceito de interseccionalidade, se analisam as narrativas das pessoas que habitam o bairro, identificando os modos nos que desigualdades e eixos de dominação diversos se justapõem e se expressam na vida cotidiana. Para isso, foram realizadas entrevistas em profundidade e trabalhadas por meio da técnica de análise de conteúdo temática.Os resultados apontam que nos relatos predomina uma percepção sobre a existência de problemas do bairro e vulneração de direitos que não está ligada à situação migratória, mas às condições de informalidade urbana e à desigualdade de gênero. A questão migratória, pelo contrario, fica reduzida aos relatos sobre experiências do passado ou sobre trajetórias migratórias previas e não é associada às condições de vida atuais. Inclusive, em certos casos, a incidência migratória no território foi negada como estratégia para reduzir os olhares estigmatizantes sobre e sobre as pessoas que nele habitam.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados