Erick Fuentes Horta, Rafael Angel Ledezma Díaz
Este número integra un conjunto de artículos sobre diversas problemáticas y periodos de la historia de Chiapas. Los siete artículos y la reseña documental fueron redactados por especialistas en historia y antropología provenientes de México y de otros países. Los textos abarcan varias temáticas, regiones y temporalidades: las encomiendas instauradas en Ciudad Real —región de Los Altos— a mediados del siglo XVI; los cambios en el uso del suelo en los pueblos de indios de la Depresión Central durante los siglos XVII y XVIII; la desaparición paulatina de uno de esos pueblos —Escuintenango—; las expediciones filantrópicas y científicas que arribaron, primero, a la intendencia de Ciudad Real y después al estado de Chiapas en el XIX; las relaciones laborales que hubo entre enganchados y deudores en las fincas cafetaleras del Soconusco y, finalmente, las dinámicas nacionalistas que se tejieron sobre el reparto agrario en la zona fronteriza con Guatemala en la primera mitad del siglo XX. Dichos trabajos matizan algunos lugares comunes -aún reproducidos por sectores académicos y políticos dentro y fuera de México- que minimizan a través de lecturas simplistas la complejidad social y cultural de los procesos históricos que definieron la actual realidad de Chiapas. Por lo tanto, los artículos se inscriben dentro de esa renovación historiográfica que inició en la década de 1980 y que continúa hasta hoy a pesar de las interpretaciones parcializadas generadas tras el levantamiento armado del Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN) en 1994.
This issue integrates a set of articles on various issues and periods in the history of Chiapas. The seven articles and the documentary review were written by specialists in history and anthropology from Mexico and other countries. The texts cover various topics, regions and time periods: the encomiendas established in Ciudad Real —Los Altos region— in the mid-sixteenth century; changes in land use in the Indian villages of the Central Depression during the seventeenth and eighteenth centuries; the gradual disappearance of one of these villages —Escuintenango—; the philanthropic and scientific expeditions that arrived, first, to the Ciudad Real intendancy and then to the state of Chiapas in the 19th century; the labor relations that existed between enganchados and debtors in the coffee farms of Soconusco and, finally, the nationalist dynamics that were woven around the agrarian distribution in the border zone with Guatemala in the first half of the 20th century. These works qualify some commonplaces -still reproduced by academic and political sectors inside and outside Mexico- that minimize through simplistic readings the social and cultural complexity of the historical processes that defined the current reality of Chiapas. Therefore, the articles are part of that historiographical renewal that began in the 1980s and continues to this day despite the biased interpretations generated after the armed uprising of the Zapatista Army of National Liberation (EZLN) in 1994.
Esta edição é uma coleção de artigos sobre vários assuntos e períodos da história de Chiapas. Os sete artigos e a revisão documental foram escritos por especialistas em história e antropologia do México e de outros países. Os textos cobrem vários temas, regiões e períodos de tempo: as encomiendas estabelecidas em Ciudad Real —região de Los Altos— em meados do século XVI; as mudanças no uso da terra nas aldeias indígenas da Depressão Central durante os séculos XVII e XVIII; o desaparecimento gradual de uma dessas aldeias —Escuintenango—; as expedições filantrópicas e científicas que chegaram primeiro à intenção da Ciudad Real e depois ao estado de Chiapas no século XIX; as relações de trabalho entre enganchados e devedores nas plantações de café de Soconusco e, finalmente, as dinâmicas nacionalistas que foram tecidas na distribuição agrária na área de fronteira com a Guatemala na primeira metade do século XX. Estes trabalhos qualificam alguns lugares comuns - ainda reproduzidos por setores acadêmicos e políticos dentro e fora do México - que minimizam através de leituras simplistas a complexidade social e cultural dos processos históricos que definiram a realidade atual de Chiapas. Os artigos, portanto, fazem parte da renovação historiográfica que começou nos anos 80 e continua até hoje, apesar das interpretações tendenciosas geradas após a revolta armada do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), em 1994.
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