Resumen de Gobernar las “tragedias”: Víctimas, dispositivos y responsabilización en dos casos comparados

Carolina Schillagi, Diego Zenobi

• español

  En este trabajo nos proponemos abordar dos catástrofes argentinas (un incendio durante un concierto de rock y la explosión de un edificio), analizando el despliegue de un “gobierno de los desastres”. Tratamos la puesta en marcha de dispositivos estatales y no estatales que definen quiénes son las víctimas, damnificados, sobrevivientes, pero también los usuarios o consumidores afectados. Se trata de categorías que expresan una valoración social desigual del sufrimiento. Sostenemos que para comprender el proceso de producción social de las víctimas es necesario abordar la relación recíproca de aquellos dispositivos con el proceso de atribución causal y el trabajo de imputación de responsabilidades políticas. Al hacerlo, nos centramos en las evaluaciones morales de los agentes y destacamos el carácter relativo y contextual de aquellas formas de categorización.

• English

  In this paper we propose to address two Argentinean catastrophes (a fire during a rock and roll concert and the explosion of a building), analyzing the deployment of a “government of disasters”. We focus on the implementation of state and non-state devices that define who are the victims, victims, survivors, but also the users or affected consumers. These are categories that express an unequal social valuation of suffering. We argue that in order to understand the process of social production of victims, it is necessary to address the interplay of those devices with the process of causal attribution and the work of imputation of political responsibility. In doing so, we focus on the moral evaluations of agents and highlight the relative and contextual character of those forms of categorization.

• português

  Neste documento, propomos abordar duas catástrofes argentinas (um incêndio durante um show de rock e a explosão de um edifício), analisando a implantação de um “governo de catástrofes”. Lidamos com a implementação de dispositivos estatais e não estatais que definem quem são as vítimas, vítimas, sobreviventes, mas também os usuários ou consumidores afetados. Estas são categorias que expressam uma valorização social desigual do sofrimento. Argumentamos que, para entender o processo de produção social das vítimas, é necessário abordar a relação recíproca desses dispositivos com o processo de atribuição causal e o trabalho de imputação de responsabilidade política. Ao fazer isso, nos concentramos nas avaliações morais dos agentes e destacamos o caráter relativo e contextual dessas formas de categorização.