Brasil
Neste artigo apresentamos algumas problematizações sobre a noção de criança viada a partir da exposição “Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira”, promovida pelo Santander Cultural em Porto Alegre, e censurada em setembro de 2017, após alguns meses em cartaz. Para compreender o contexto histórico e político de tal exposição, recorremos a uma explicação sobre o significado da expressão queer e algumas possibilidades de seu uso, mesmo no contexto brasileiro, seja como conceito e área de estudos acadêmicos, ou como expressão usada para se referir às posições de identidade que questionam a heteronormatividade. Optamos por destacar duas obras apresentadas nessa exposição que permitem uma reflexão sobre o potencial crítico da produção artística e seu caráter histórico. Essa abordagem, bem como a escolha do tema, se deram em função da pertinência da discussão em um contexto de produção de pânicos morais associados à diversidade sexual e de gênero, particularmente quando relacionadas a uma etapa do curso de vida ainda pouco pensada criticamente: a infância.
In this article, we present some problematizations about the notion of a faggot child seen from the exhibition “Queermuseu: cartographies of difference in Brazilian art”, promoted by Santander Cultural in Porto Alegre, and censored in September 2017, after a few months on display. To understand the historical and political context of such an exhibition, we resort to an explanation of the meaning of the expression queer and some possibilities of its use, even in the Brazilian context, either as a concept and area of academic studies, or as an expression used to refer to identity positions that question heteronormativity. We chose to highlight two works presented in this exhibition that allow a reflection on the critical potential of artistic production and its historical character. This approach, as well as the choice of the theme, was due to the relevance of the discussion in a context of the production of moral panics associated with sexual and gender diversity, particularly when related to a stage in the course of life that has not yet been critically thought about: childhood.
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