Resumen de Convivencia negociada y gobernanza ambiental en áreas naturales protegidas del Perú
- español
Un elemento central en la gobernanza ambiental multiescalar y jerárquica es la legitimidad provisoria de los arreglos institucionales. Este artículo se enfoca en las estrategias desplegadas por una muestra de jefaturas de áreas naturales protegidas del Perú en su trabajo con, desde, para y a veces contra de las comunidades en la búsqueda de una convivencia negociada. En la actualidad la relación parque-comunidad en el Perú se caracteriza por un acercamiento estratégico. A partir de entrevistas y documentos gubernamentales, en el presente texto se analizan las estrategias y racionalidades de gobernanza ambiental. Se desarrolla un argumento acerca de la consolidación de un contrato social para la conservación entendido como el proceso que permite establecer el reconocimiento recíproco entre la institución de áreas protegidas y las organizaciones locales. Tres elementos destacan en las entrevistas: los legados de la conservación en ámbitos rurales, los viejos y nuevos espacios y mecanismos de participación, y la emergencia de nuevas formas de organización rural en relación con las áreas protegidas a través de la formalización de acuerdos de manejo. Se concluye que cada uno de estos elementos apunta a las condiciones para crear una legitimidad duradera en los territorios de conservación; sin embargo, estos mecanismos participativos e incluyentes también son espacios jerárquicos institucionales debido a su énfasis en la creación de incentivos.
- English
A central element in multi-scalar and hierarchical environmental governance is the provisional legitimacy of institutional arrangements. This article focuses on the strategies deployed by a sample of protected area managers in Peru in the work with, from, for and sometimes against communities in the search for a negotiated coexistence. Currently, the park-community relationship in Peru is characterized by a strategic approach. Based on interviews and government documents, this text analyzes the strategies and rationalities of environmental governance. An argument is developed about the consolidation of a social contract for conservation understood as the process that allows the establishment of reciprocal recognition between the protected area institution and local organizations. Three elements stand out in the interviews: the legacies of conservation in rural areas, the old and new spaces and mechanisms for participation, and the emergence of new forms of rural organization in relation to protected areas through the formalization of management agreements. It is concluded that each of these elements point to conditions for creating lasting legitimacy in conservation territories; however, these participatory and inclusive mechanisms are also hierarchical institutional spaces due to their emphasis on the creation of incentives.
- português
Um elemento central na governança ambiental multiescala e hierárquica é a legitimidade provisória dos arranjos institucionais. Este artigo enfoca as estratégias implantadas por uma amostra de chefes de áreas naturais protegidas no Peru em seu trabalho com, desde, para e, às vezes, contra as comunidades na busca por uma coexistência negociada. Atualmente, a relação parque-comunidade no Peru é caracterizada por uma abordagem estratégica. Com base em entrevistas e documentos governamentais, este texto analisa as estratégias e racionalidades da governança ambiental. Desenvolve-se uma argumentação sobre a consolidação de um contrato social de conservação entendido como o processo que permite estabelecer o reconhecimento recíproco entre a instituição das unidades de conservação e as organizações locais. Três elementos se destacam nas entrevistas: os legados da conservação no meio rural, os antigos e novos espaços e mecanismos de participação, e o surgimento de novas formas de organização rural em relação às unidades de conservação por meio da formalização de acordos de gestão. Conclui-se que cada um desses elementos aponta para as condições para se criar uma legitimidade duradoura nos territórios de conservação. No entanto, esses mecanismos participativos e inclusivos também são espaços institucionais hierárquicos devido à sua ênfase na criação de incentivos.
