The paper considers the humean thesis according to which the justice is an artificial virtue. Based on the analysis of some of the conceptions presented in A Treatise of Human Nature and An Enquiry Concerning the Principles of Morals, this text proposes that the considered statement requires a qualification. The notion of artifice, in the context of the discussion about justice, should be understood in the light of one fundamental relation between dispositions of the human species: the reflection in the activity of refraining passions. In this sense, the artificial, as related to what is taken to be the human artifice, can be understood, somehow, as natural, while specific to the human species.
O artigo considera a tese humiana segundo qual a justiça é uma virtude artificial. Com base na análise de alguma das concepções apresentadas nas obras Tratado da Natureza Humana e Investigação sobre os Princípios da Moral, este texto propõe que a afirmação em questão exige uma qualificação. A noção de artifício, no contexto da discussão sobre justiça, deve ser compreendida à luz de uma relação fundamental entre disposições da espécie humana: a reflexão na sua atividade de refrear as paixões. Nesse sentido, o artificial, enquanto relacionado a isso que se concebe como artifício humano, pode ser compreendido, de alguma maneira, como natural, enquanto característico da espécie humana.
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