A Conquista de Tavira aos Mouros: uma reconstituição crítica

• Henriques, Antonio Castro ^[1]
  1. [1] Universidade Do Porto

     Universidade Do Porto

     Santo Ildefonso, Portugal

     
• Localización: Revista de História da Sociedade e da Cultura, ISSN 1645-2259, ISSN-e 2183-8615, Nº. 21, 2021, págs. 123-141
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The Conquest of Muslim Tavira by the Portuguese: a critical reconstruction
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• Resumen
  • English

    This article provides a critical reconstruction of the events surrounding the Christian conquest of Tavira. According to the earliest narrative source (the Crónica de Portugal de 1419), the capture of Tavira was the unintended result of the massacre of six friar-knights and a devout merchant (the “Seven Martyrs of Tavira”) at the hands of the Moorish populace on 9th of July 1242. Drawing off both new and well-known materials, the author concludes that the source conflated two distinct events: the capture of Tavira by a Portuguese a military campaign on the 11th of June 1239 after and an engagement between the Castilian friar-knights and the Christian population of Tavira, some ten years later. These conclusions and critical dates have major implications in three different areas: source criticism, the sequencing of the military events and the identity and memory of the society born out of the Reconquista.

  • português

    Este trabalho propõe uma reconstrução crítica da conquista cristã de Tavira. De acordo com a fonte narrativa mais antiga (a Crónica de Portugal de 1419), este acontecimento deu-se em 1242 e foi uma consequência acidental do massacre pela população muçulmana dos ditos “Sete Mártires” de Tavira (seis freires de Santiago e um mercador). Recorrendo a materiais novos e outros há muito conhecidos, propõe que Tavira tenha sido ocupada na sequência de uma campanha a 11 de junho de 1239, enquanto o “Martírio” ocorreu num dia 9 de julho cerca de uma década depois, possivelmente em resultado de um confronto entre a população de Tavira e cavaleiros castelhanos de Santiago. Estas propostas e datas constituem contributos importantes para três áreas: a crítica da Crónica de Portugal de 1419, o estabelecimento de uma sequência fiável dos acontecimentos militares e a memória e identidade da sociedade criada pela Reconquista.