This article analyzes the concept of hinterland in Brazilian culture, particularly in the colonial period. It compares the hinterland model formulated by the Brazilian intelligentsia, based on the work of Euclides da Cunha, with the plural model of hinterlands present in the work of Capistrano de Abreu, between ends of century XIX and beginning of the XX. It examines the ideas of hinterland formulated by the historical agents in the process of the Portuguese territorial expansion in Brazil among the XVI and the XVIII centuries. It questions the idea of colonial hinterlands as an empty and frightening land, commenting the attractive aspects of the conquest of the hinterlands for the Portuguese settlers, especially the search for gold, silver and precious stones, as well as the enslavement of the Indians. It relates the colonial wilderness to the frontier concept, as formulated by Sérgio Buarque de Holanda, and to the concept of periphery, following the model of Russell Wood.
Este artigo analisa o conceito de sertão na cultura brasileira, particularmente no período colonial. Compara o modelo de sertão formulado pela intelectualidade brasileira baseado na obra de Euclides da Cunha, com o modelo plural de sertões presente na obra de Capistrano de Abreu, entre fins do século XIX e inícios do XX. Examina as ideias de sertão formuladas pelos agentes históricos no processo de expansão territorial no Brasil entre os séculos XVI e XVIII. Questiona a ideia de sertão colonial enquanto terra vazia e assustadora, inventariando os aspectos atrativos da conquista dos sertões para os colonizadores portugueses, especialmente a busca de ouro, prata e pedras preciosas, bem como a escravização dos índios. Relaciona os sertões coloniais ao conceito de fronteira, tal como formulado por Sérgio Buarque de Holanda, e ao conceito de periferia, seguindo o modelo de Russel Wood.
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