The exam of the term methorios in the work of Gregorio of Nissa shows that there is a clear dependence on Philo of Alexandria. Gregory never uses it to designate either the continuity of matter and spirit, in the Stoic sense, or that of the spirit and the divine, in the Platonic sense. He does not admit continuity in any of these cases. Notwithstanding the condition of the fall, man is endowed with spirit: this caused him to put himself as a point of demarcation (me¬thorios) between matter and spirit. In Gregory, however, there is a new element in relation to tradition: for him, man is methorios between the intelligible world and the sensitive world but not while representing a transition from one to another (the sensitive to the intelligible, as in the Platonic tradition) but as it represents the opposite and irreducible characteristics. In this sense, in the quality of a border or demarcation (methorios) between two opposing realities, human freedom as such must choose between good and evil. In other words, what Gregory asserts is not so much and nor mainly the fact that man belongs to two spheres, but above all, that he is free to lean toward one party or another party. It is, therefore, freedom that prevails. Such freedom is considered in its essential quality: to turn sometime to the sen¬sitive, sometimes to the intelligible.
O exame do termo methórios na obra de Gregório de Nissa mostra que há uma inequívoca dependência de Filon de Alexandria. Gregório não o utiliza jamais para designar nem a continuidade da matéria e do espírito, no sentido estoico, nem a do espírito e do divino, no sentido platônico. Ele não admite continuidade em nenhum desses casos. Não obstante a condição de queda, o homem é dotado de espírito: isso fez com que ele se colocasse como ponto de demarcação (methórios) entre a matéria e o espírito. Em Gregório, porém, há um elemento novo em relação à tradição: para ele, o homem é methórios entre o mundo inteligível e o mundo sensível não enquanto representa uma transição de um ao outro (do sensível para o inteligível, como na tradição platônica), mas enquanto representa características opostas e irredutíveis. Nesse sentido, na qualidade de fronteira ou demarcação (methorios) entre duas realidades opostas, a liberdade humana enquanto tal deve escolher entre o bem e o mal. Em outras palavras: o que Gregório assevera não é tanto nem principalmente o fato de que o homem pertence às duas esferas, mas, antes de tudo, que este é livre para inclinar- -se para uma parte ou para outra parte. É, portanto, a liberdade que prevalece. Tal liberdade é considerada em sua qualidade essencial: voltar-se ora para o sensível, ora para o inteligível.
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