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Resumen de Pueblos indígenas y educación superior en Brasil y Paraná: desafíos y perspectiva

Gersem José dos Santos Luciano, Wagner Roberto do Amaral

  • español

    Este artículo contextualiza y reflexiona sobre el panorama de ingreso y permanencia de los indígenas en la educación superior en Brasil con base en datos oficiales del Ministerio de Educación. Dichos datos evidencian el aumento significativo en el número de indígenas que ingresan a la graduación, impulsado por la Ley 12.711 / 2012 - Ley de Cuotas, pero también por la adopción de políticas de acción afirmativa por parte de varias instituciones de educación superior, incluso antes de esta ley. Entre estas iniciativas, se destaca en este texto la experiencia pionera de ingreso y permanencia de indígenas en las universidades estatales de Paraná, destacando los desafíos, avances y dificultades de casi dos décadas de esta política. A pesar del crecimiento reciente y exponencial de la presencia indígena en las universidades, tanto los estudiantes indígenas como las instituciones educativas enfrentan numerosas dificultades y desafíos. La presencia indígena (o incluso su ausencia por tasas de deserción) interroga a la universidad y comienza a evidenciar las expresiones sutiles y explícitas del racismo estructural marcadas en su organización administrativa, académica, curricular y en las relaciones sociales en el cotidiano de los cursos e instituciones. Se revelan límites de acogimiento más adecuados a los sujetos indígenas y desafíos comunes en el proceso de construcción del diálogo y prácticas pedagógicas más receptivas al conocimiento indígena. Dichos conocimientos son necesarios para la implementación de procesos interculturales y multiepistémicos en la educación superior. La universidad se presenta como un espacio de contradicción, de derecho y de posibilidades, a ser ocupado y apropiado por los pueblos indígenas para avanzar en sus luchas y resistencias.

  • português

    Este artigo contextualiza e reflete sobre o panorama de ingresso e permanência de indígenas na educação superior no Brasil a partir de dados oficiais do Ministério da Educação. Tais dados evidenciam o crescimento significativo de ingresso de indígenas na graduação impulsionado pela Lei 12.711/2012 –a Lei de Cotas, mas também pela adoção de políticas de ação afirmativa por várias instituições de educação superior, mesmo antes desta lei. Dentre estas iniciativas se destaca neste texto a experiência pioneira de ingresso e permanência de indígenas nas universidades estaduais do Paraná, evidenciando os desafios, os avanços e as dificuldades de quase duas décadas desta política. Apesar do recente e exponencial crescimento da presença indígena nas universidades, inúmeras dificuldades e desafios são enfrentados, tanto pelos estudantes indígenas, quanto pelas instituições de ensino. A presença indígena (ou mesmo sua ausência pelos índices de evasão) interroga a universidade e passa a evidenciar as sutis e explícitas expressões do racismo estrutural marcadas na sua organização administrativa, acadêmica, curricular e nas relações sociais no cotidiano dos cursos e das instituições. Revelam-se limites de acolhimento mais adequado aos sujeitos indígenas e desafios comuns no processo de construção de diálogos e práticas pedagógicas mais receptivas aos seus conhecimentos. Tais conhecimentos são necessários para a efetivação de processos interculturais e multiepistêmicos na educação superior. A universidade se apresenta enquanto espaço decontradição, de direito e de possibilidades, a ser ocupado e apropriado pelos povos indígenas para o avanço de suas lutas e resistências.Palavras-chave: Ações afirmativas dos povos indígenas. Educação superior indígena. Povos indígenas.


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