Apesar do crescente interesse pela investigação LGBTI, em Portugal são escassos os estudos sobre bullying homofóbico. Este artigo explora as representações e as experiências de estudantes do ensino secundário sobre bullying homofóbico, com recurso a 36 grupos de discussão focalizada com 232 raparigas e rapazes em 12 escolas públicas do Norte de Portugal. Constata-se a incapacidade do conceito de bullying homofóbico em abarcar todas as formas de violência homofóbica e heteronormativa da e na escola. A maior expressividade do fenómeno relaciona-se com os seus processos de construção da masculinidade no contexto das culturas juvenis, cuja incidência quotidiana nos desafa a questionar as oportunidades para a construção de uma cidadania inclusiva da diversidade sexual na escola.
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