A presença crescente das raparigas nas escolas registada nos últimos anos, associada ao seu maior desempenho escolar em comparação com os rapazes, levou ao ressurgimento de alguma ansiedade social. A sobrerrepresentação das mulheres no corpo docente tem sido apontada como uma das razões para o menor desempenho escolar dos rapazes devido à ausência de role models masculinos. Numa perspetiva de género, este artigo apresenta uma reflexão sustentada por alguns resultados de um estudo que envolveu entrevistas individuais semiestruturadas a 18 professoras/es do 1.º ciclo do ensino básico, com idades entre os 31 e os 61 anos, que entendem que a «feminização da docência» não afeta a oferta de educação de qualidade, e identifca diversos fatores que poderão contribuir para explicar o fenómeno do «in/sucesso escolar» dos/as alunos/as, como a falta de consciencialização sobre o género.
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