El presente artículo trata de la construcción del tiempo entre los nómadas saharauis. Se basa en un trabajo etnográfico y de entrevistas realizadas en los campamentos de refugiados de Tinduf, al sur de Argelia, y en la zona liberada del Sáhara Occidental. Aborda algunos componentes del tiempo nómada vinculado a la naturaleza, al territorio vivido y a la memoria histórica y socio-ambiental de los saharauis. Destaca que el tiempo en la conciencia y cotidianidad del desierto no es absoluto, ni lineal. Allí, los años adquieren nombres y cualidades, que sirven para reconstruir la memoria social e histórica del Sáhara Occidental. Además, se destaca el tiempo relacionado con los antepasados míticos, y cómo se vive el tiempo en los campamentos de refugiados desde hace más de cuatro décadas, donde la cultura nómade saharaui sigue vigente, esperando volver a su país, hoy ocupado en gran parte por Marruecos y desde el 13 de noviembre de 2020 la guerra para reconquistar su territorio se ha reanudado
Este artigo discorre sobre a construção do tempo entre os nômades saarauís. Baseia-se no trabalho etnográfico e nas entrevistas realizadas nos acampamentos de refugiados de Tindouf, no sul da Argélia e na zona liberada do Saara Ocidental. Aborda alguns componentes do tempo nômade ligados à natureza, ao território vivido e à memória histórica e socioambiental dos saarauís. Evidencia-se que o tempo na consciência e na vida cotidiana do deserto não é absoluto nem linear. Ali, os anos têm nomes e qualidades, que servem para reconstruir a memória social e histórica do Saara Ocidental. Além disso, destacam-se o tempo relacionado com os ancestrais míticos e como o tempo se vive nos acampamentos de refugiados há mais de quatro décadas, onde a cultura nômade saarauí é em vigor, à espera de regressar ao seu país, hoje em grande parte ocupado por Marrocos e desde 13 de novembro de 2020, a guerra para reconquistar seu território foi retomada.
This article deals with time construction among the Sahrawi nomads. It is based on ethnographic work and interviews carried out in Tindouf refugee camps, in southern Algeria, and in the freed zone of Western Sahara. It addresses some nomadic time components linked to nature, lived territory, and Sahrawis’ historical and socioenvironmental memory. It highlights that time is neither absolute nor linear in desert awareness and daily life. There, years are given names and features, which serve to reconstruct the social and historical memory of Western Sahara. Besides, time is highlighted in relation to mythical ancestors, as well as how time has been lived for over four decades in refugee camps, where Sahrawi nomadic culture is kept alive, waiting to return to their country, today largely occupied by Morocco and since November 13, 2020 the war to reconquer its territory has been resumed.
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