Neste artigo, realiza-se uma análise crítica feminista da manipulação do discurso «ideologia de gênero» em torno da aprovação da Base Nacional Comum Curricular no Brasil. O argumento desenvolvido busca afirmar que o olhar de estranhamento para o/a Outro/a é basilar no modo como a manipulação desse discurso coloca a centralidade da heteronormatividade do gênero na política de educação. Busca ainda demonstrar como essa centralidade está presente na aprovação final do documento com a exclusão da temática de gênero e sexualidade. Por fim, essa abordagem busca somar-se ao conjunto de outros trabalhos que se colocaram na esteira da resistência acadêmica contra a onda conservadora no Brasil.
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