O presente artigo versa sobre a natureza e o meio ambiente no Cerrado, a partir da investigação em artigos publicados na Revista A Informação Goyana, periódico que circulou entre 1917 e 1935. A referida análise documental apresenta-se em três dimensões: a Flora do Cerrado tratada ora com olhar dos viajantes oitocentistas, vista como exuberante e maravilhosa, ora com um olhar mais prático e utilitarista voltado para a planta como alimento e para o seu uso medicinal. A segunda dimensão trata das questões ambientais numa interface que polariza as questões ambientais com o desenvolvimento econômico. Por um lado, a necessidade da exploração agrícola, ou seja, uma preocupação econômica, e por outro, a defesa de um Código Florestal com vistas à preservação ambiental, debate ainda muito contemporâneo. E por último, o olhar trazido pela Revista sobre os Rios, que além de exaltados como beleza natural eram vistos como solução estratégica para a integração da região central com o litoral do país. A análise mostra que esta Revista, além da importância histórica, se constitui como fonte primordial para o conhecimento da natureza e dos saberes tradicionais importantes à saúde dos povos do Brasil Central.
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