O presente artigo debruça-se sobre o tema do transplante de órgãos e, mais especificamente, sobre a vida de receptores após o transplante. O objetivo é compreender modificações nos modos de subjetivação e na sociabilidade, considerando que, embora a incorporação de elementos prático-cognitivos advindos da biomedicina seja um elemento-chave da análise, sua apreensão deve ser realizada a partir de situações biograficamente determinadas. Para tanto, a partir de dados etnográficos produzidos em pesquisa de campo, o artigo apresenta e analisa as trajetórias de dois transplantados, destacando transformações no estilo de vida, visão de mundo e relações sociais associadas ao transplante de órgãos. Ao final, o artigo propõe uma avaliação crítica do conceito de biossociabilidade.
This article focuses on the topic of organ transplantation and, more specifically, on the life of recipients after transplantation. The objective is to understand changes in the modes of subjectivity and sociability, considering that, although the incorporation of practical-cognitive elements arising from biomedicine is a key element of the analysis, its apprehension must be carried out from biographically determined situations. Therefore, based on ethnographic data produced in field research, the article presents and analyzes the trajectories of two transplant recipients, highlighting changes in lifestyle, worldview and social relations associated with organ transplantation. At the end, the article proposes a critical evaluation of the concept of biossociability.
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