Brasil
Nietzsche's aversion to Christianity, democracy and socialism can be translated by his denial of egalitarianism. In fact, the philosopher sees in the feeling of secular hope and the loss of the agonistic aspect of existence, the most radical form of décadence. For his part, Leo Strauss sees in Nietzsche's attack on egalitarianism as a way of protecting modern liberal democracy from itself. However, for the Chicago professor, proposing a political regime from the Nietzschean conceptions would certainly not lead the world to another place, if not to barbarism. For Nietzsche exposes man to a brutish and inhuman truth, which most men can not bear. Thus, Strauss intends to use Nietzsche's lethal truths as a “toolbox”, his critique of modernity is fundamental to his overcoming nihilism and to the defense of the philosophical way of life, which implies acceptance of the drama of life as such how is she. That said, this study aims to show that: for Nietzsche the spread of the modern ideal of equality led the West to degenerate, by leveling all individuals underneath, transforming them into a herd, the birth of the last man was promoted, which makes it impossible the emergence of the creative genius that imposes its will to power, the Übermansch. Whereas, for Strauss, the Pathos for radical equality as the supreme value of modernity, besides having been the cause of the major catastrophes of contemporaneity, makes the emergence of the “gentleman” (virtuous man), and with it, the search for the best society, the best regime and the best way of living.
A aversão de Nietzsche ao cristianismo, à democracia e ao socialismo, pode ser traduzida por sua negação ao igualitarismo. De fato, o filósofo vê no sentimento da esperança secular e na perda do aspecto agonístico da existência, a mais radical forma de décadence. Por sua vez, Leo Strauss, vê no ataque de Nietzsche ao igualitarismo uma forma de proteger a democracia liberal moderna de si mesma. No entanto, para o professor de Chicago, propor um regime político a partir das concepções nietzschianas, certamente, não levaria o mundo a outro lugar, se não, à barbárie. Pois, Nietzsche expõe o homem a uma verdade brutal e inumana, da qual, a maioria dos homens não pode suportar. Sendo assim, Strauss, pretende usar as verdades letais de Nietzsche como uma “caixa de ferramentas”, sua crítica à modernidade lhe é fundamental para a superação do niilismo e à defesa do modo de vida filosófico, que implica na aceitação do drama da vida tal como ela é. Dito isto, esse estudo pretende mostrar que: para Nietzsche a disseminação do ideal moderno de igualdade levou o ocidente à degeneração, ao nivelar todos os indivíduos por baixo, transformá-los em rebanho, promoveu-se o parto do último homem, o que impossibilita o surgimento do gênio criativo que impõe sua vontade de poder, o Übermansch. Enquanto, para Strauss, o Pathos pela igualdade radical como valor supremo da modernidade, além de ter sido a causa das principais catástrofes da contemporaneidade, inviabiliza o surgimento do “gentleman” (homem virtuoso), e com isso, a busca da melhor sociedade, do melhor regime e da melhor forma de viver.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados