Resumen de A falência do ideal ascético e a busca por sentido na existência como eixo da Genealogia da moral

Sérgio Gonçalves Ferreira, Marcus Tulio Caldas

• English

  This article assumes that meaning of life analysis is fundamental in Nietzschean philosophy. The argument is based on the study of the On the Genealogy of Morality, particularly in third essay examination of the book, but noting that the first two essays build the bases that will allow Nietzsche's emphasis on the meaning of life. Our reflexive follows Nietzsch philosopher line, like him departing from the ascetic ideals and focusing artists, philosophers, priests and scientists behaviors. He arrives at the concept of nihilism, which denotes the human despair, by not finding an answer to apparent life purpose lack. In nihilism the will to truth comes up against emptiness, leading Nietzsche to verify the motivation for the existence of the ascetic ideal. The reason is in the distance that this ideal promotes from the existential vacum, which, for the philosopher, in our perception, represents the fundamental human fear.

• português

  O presente artigo assume como hipótese que a análise do sentido da vida é fundamental na filosofia nietzschiana. A argumentação baseia-se no estudo da Genealogia da moral, particularmente no exame da terceira dissertação deste livro, mas registrando que as duas primeiras dissertações constroem as bases que vão permitir a ênfase de Nietzsche na questão do sentido da vida. Nossa linha reflexiva segue a do filósofo, partindo como ele da crítica aos ideais ascéticos e colocando o olhar nos comportamentos dos artistas, dos filósofos, dos sacerdotes e dos cientistas. Chega ao conceito do niilismo, que denota o desespero do ser humano, ao não encontrar resposta para a aparente falta de objetivo na sua vida. No niilismo a vontade de verdade esbarra no vazio, levando Nietzsche a constatar a motivação para a existência do ideal ascético, qual seja, a razão está no afastamento que esse ideal promove do vácuo existencial, o qual, para o filósofo, na nossa percepção, representa o temor humano fundamental.