Benigna Ingred Aurelia Bezerril
O presente artigo propõe discutir a produção literária de Maria Firmina dos Reis enquanto espaço de cultura política feminina. Para isso, serão analisados o romance Úrsula (1859) e o conto A Escrava (1887), especificamente os discursos de três personagens femininas: a senhora abolicionista e a escravizada Joana de A Escrava; e a preta Susana, personagem de Úrsula. A partir da análise de tais personagens e de suas narrativas, é possível perceber um protagonismo de vozes subalternas nas obras de Firmina dos Reis, considerando o contexto no qual ela escreveu: o século XIX. Abolicionismo, denúncias ao sistema escravista e o lugar da mulher são temas que entram em pauta no discurso das personagens femininas da escritora.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados